O nascimento da Luiza
Compartilhe
Esta história é para inspirar todas as mulheres que estão em busca de um parto com respeito e são bombardeadas por todo tipo de desinformação. Vem curtir este vídeo super especial.
Mas antes, me responde: qual a primeira coisa que você pensa (ou ouve) quando se fala em parto normal?
Infelizmente, para a grande maioria das mulheres, a primeira imagem que vem à cabeça é a de dor. Talvez não seja o seu caso, afinal depois de buscar muita informação, ver imagens lindas de parto, você desconstruiu essa ideia. Mas posso apostar que você já ouviu de alguém próximo: “Nossa, você vai ter parto normal, que coragem!” Esse é um modo delicado que as pessoas usam para expressar o que de fato entendem sobre o parto normal: dor e sofrimento. Uma verdadeira provação. Mas eu te garanto que não é preciso coragem para ter um parto normal. É preciso ter informação, apoio, suporte e uma equipe que acredita em você e te respeita.
Reduzir o parto a dor não apenas é um equívoco, mas também uma baita sacanagem com a mulher, que muitas vezes foge da incrível experiência do parto influenciada por uma sociedade que alimenta a cultura do medo.
Parto (e aqui vamos falar do atendimento humanizado e respeitoso) é alegria. É passaporte para um mundo de força e entrega, um encontro com você mesma. Sensações profundas que abrem caminho para uma poderosa transformação.
O parto da Camila, que você vai assistir neste vídeo, me traz esse conforto. Essa sensação de resgate do que o parto realmente é: a celebração da vida. É esta a imagem que quero ter quando eu pensar em parto. Durante seu trabalho de parto, a Camila e o Paul transformaram a sala do Centro Obstétrico numa pista de dança. Embalaram, agarradinhos, uma canção de amor. Depois entraram no ritmo do Monobloco, balançaram ao som de Jorge Ben Jor. Teve até umas doses de funk.
Teve dor? Sim. Mas teve muito mais. E tenho certeza que a memória que ficou para esta família é que o nascimento da Luiza foi uma festa linda e cheia de amor.
É claro que cada parto é um parto. E nem todos os partos são leves como foi o da Camila. Não quero aqui criar uma imagem romântica do parto. Porque isso também é desinformação. Só quero mostrar que tem um outro lado, que nem sempre é visto. Cada mulher passa pelo seu processo. E quem sabe o seu seja encarar as próprias sombras. Pode não ser tão divertido quanto dançar funk. Mas cada um de nós tem o que precisa para crescer e se fortalecer. Se o seu parto é esse segundo caso, ele é igualmente lindo e valioso.
Ah, e antes de terminar este texto, aproveito para contar a novidade: a Luiza completou recentemente um ano e recebeu de presente o status de irmã mais velha. Camila está gravidinha de novo. Será que vai ter funk no próximo parto também?
O nascimento da Luiza
Fotos e captação de áudio e vídeo: Luciana Zenti
Edição: Everton Sebben
Pais: Camila e Paul
Obstetra: Dr Carlos Miner (Grupo Nascer)
Doula: Tamara Antochecen
Maternidade Curitiba